Viver bem na terceira idade

Feliz Idade Sexualidade sem data de validade 


Uma associação feita instintivamente ao se falar em sexo é a ideia de prazer e, consequentemente, qualidade de vida. Afinal, uma vida sexual ativa é um ponto importante para a satisfação pessoal e o bem estar. Mas por que, então, essa alegria é deixada para trás por muita gente quando se chega à terceira idade? O principal motivo apontado pelos especialistas é o fator psicológico, pois tanto os jovens quanto os próprios idosos ainda têm preconceito em relação ao sexo na idade madura. No entanto, especialistas chamam a atenção para o fato de que a sexualidade deve ser entendida de maneira ampla e não reduzida ao ato sexual apenas. E vão além: recomendam a busca de prazer, que pode até mesmo significar apenas uma troca de carinhos, para a manutenção de uma vida saudável e feliz na terceira idade.
Muitos casais estão seguindo esta receita. É o que indica uma pesquisa do Data-Folha, de março de 2009, na qual 47% dos entrevistados com mais de 60 anos disseram ter uma vida sexual ativa, com 88% declarando não usar nenhum tipo de remédio, ainda que admitissem mudança no desempenho. E eles querem mais: uma pesquisa australiana feita em 2010 com 2.783 homens com idade entre 75 e 95 anos, publicada no Annals of Internal Medicine, constatou que, apesar de a maioria (56,5%) se dizer satisfeita com a vida sexual, 43,5% deles afirmaram fazer menos sexo do que gostariam.
Mas e os idosos que estão no grupo daqueles que, mesmo com saúde, interromperam a vida sexual? Há alguma maneira de renovar o desejo e vencer qualquer inibição que a idade possa estar impondo ao casal? A coordenadora do Serviço de Psicologia do Hospital Quinta D’Or, Fernanda Starling, sugere, como primeiro passo para vencer os preconceitos, a aceitação da entrada na terceira idade e suas respectivas limitações:
– Toda busca por prazer pode ser entendida como sexualidade. Em cada etapa da vida lidamos com limitações. Por isso, na terceira idade é preciso buscar as formas possíveis de satisfação. A maneira como cada um busca prazer em suas atividades e na relação com os outros diz respeito à singularidade de cada pessoa.
Já para o geriatra Salo Buksman, do Hospital Copa D’Or, existem casos em que é preciso procurar ajuda:
- A inibição psicológica pode ser atenuada com aconselhamento especializado. Existem, inclusive, psicólogos especializados no atendimento a idosos. Vencido o preconceito inicial e compreendidas as limitações individuais, a busca pelo prazer pode acontecer de diversos modos. Logo o casal passa a entender que, se a frequência diminuiu em relação aos tempos de juventude, por outro lado, a ansiedade daquela época deu lugar à paciência e a novas maneiras de carinho.
O especialista comenta ainda que a sexualidade não desaparece nunca e ressalta  que o sexo não é só penetração, já que o toque físico pode ter um grande valor, principalmente em indivíduos com deficiências visuais ou auditivas. Segundo ele, todos os recursos e possibilidades devem ser explorados pelo casal:
– Enquanto existir afeto, haverá uma sexualidade latente, ainda que em um abraço apertado em um sofá ao som de música romântica.

Doenças comuns na terceira idade e o sexo
Com a idade, muitas pessoas se deparam com algumas doenças, o que acaba virando motivo para acreditarem que o sexo não faz mais parte de suas vidas. Esse mito, porém, é derrubado pelo Dr. Salo, que afirma que mesmo após a recuperação de um infarto do miocárdio, por exemplo, o ato é, inclusive, um exercício favorável:
– É uma forma de aliviar tensões e aumentar o bem estar e a autoestima. Até mesmo limitações como artrose ou problemas ortopédicos podem ser compensados com posições confortáveis e auxílio de almofadas na cama.
O geriatra acrescenta que existem, sim, doenças e medicamentos que afetam a ereção. No homem, aterosclerose e remédios usados para reduzir a pressão podem interferir, bem como o hipogonadismo, provocado pela diminuição da produção de hormônios, passível de afetar a libido e a qualidade da ereção. Já na mulher, a menopausa, que geralmente ocorre após os 50 anos, pode acarretar o ressecamento vaginal, entre outras alterações.
– Mas nada disso impossibilita a atividade sexual, caso haja interesse mútuo. Eu digo com frequência que pessoas que sempre foram mais ativas sexualmente tendem a continuar assim, enquanto as desinteressadas usam o envelhecimento como uma desculpa – afirma o médico, lembrando que aqueles que precisam de uma ajuda na hora “H” não devem usar as drogas de estímulo à ereção e lubrificantes vaginais sem prescrição médica.

É possível superar as barreiras do prazer
Converse com o seu geriatra sobre dúvidas e frustrações. Quase todos os entraves de ordem física podem ser resolvidos com o tratamento adequado, seja por meio de remédios, de acompanhamento psicológico ou da combinação das duas técnicas.
A redução da lubrificação feminina, por exemplo, pode ser contornada com terapia de reposição hormonal indicada por um especialista. Com os hormônios em dia, há um aumento da libido e uma melhora na sensibilidade da região genital. Além da terapia, há ainda uma infinidade de géis e óleos lubrificantes femininos para facilitar a prática do sexo.
Já as dificuldades de ereção podem ser resolvidas com o uso de medicamentos específicos, como os vasodilatadores. Porém nada disso pode ser feito sem o aval de um profissional médico e a análise de contraindicações.

Principais mudanças do corpo na terceira idade
Nas mulheres:
- Os lábios vaginais e o tecido que cobre o osso do púbis perdem um pouco da firmeza;
- As paredes da vagina ficam menos elásticas;
- Há uma diminuição na lubrificação normal (que independe de estímulo) da vagina;
- O clitóris pode ficar mais sensível, às vezes até em excesso;
- As contrações uterinas durante o orgasmo podem causar dor.

Nos homens:
- Há um atraso na ereção, é preciso um maior estímulo;
- O período entre a ereção e a ejaculação é prolongado;
- O orgasmo é mais curto;
- O pênis perde rapidamente a firmeza após a ejaculação;
- O tempo de descanso entre uma ereção e outra aumenta, podendo chegar até a uma semana em homens muito idosos.

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